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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Benfica faz história em Manchester.


Com alguma sorte nos momentos essenciais do jogo, e muito mérito repartido por 90 minutos, o Benfica carimbou um apuramento histórico em Old Trafford. O empate (2-2) com o Man. United deixa os encarnados nos oitavos-de-final, e a uma vitória caseira, sobre o Otelul, para terminar o grupo C em primeiro lugar.

Um começo de sonho embalou a equipa de Jorge Jesus para o apuramento: da primeira vez que passou o meio-campo com a bola dominada, Witsel libertou Maxi na direita e este deu a Gaitán o espaço para um cruzamento-remate. A bola desviou no pé de Jones e traiu De Gea, gelando os adeptos dos «red devils» e levando ao delírio os cerca de 3 mil torcedores encarnados que fizeram a viagem até Inglaterra.

O Man. United, privado de Rooney, demorou 20 minutos a encontrar-se, com o Benfica a mostrar o melhor futebol nesse período. Só as arrancadas de Nani, claramente o mais inspirado da equipa de Alex Ferguson, aqueceram as bancadas de Old Trafford. O crescimento do United já era patente à passagem da meia hora, quando chegou o golo do empate. De novo um cruzamento de Nani, na esquerda do ataque inglês, mas com Berbatov a beneficiar de uma posição de fora-de-jogo para bater Artur, cabeceando nas costas de Luisão.

O Benfica acusou o golpe e não voltou a ser perigoso até ao intervalo, mas conseguiu gerir a pressão inglesa sem demasiado sofrimento. Adivinhava-se um filme diferente para a segunda parte, e isso confirmou-se com o crescimento do Man. United, alimentado pela energia de Nani e pela mobilidade de Young. Aos 55 minutos, o Benfica sofreu um duro golpe, com uma lesão muscular de Luisão, a tirá-lo do jogo e, quase de certeza, também do «derby».

O Man. United sentiu a fragilidade e carregou, mesmo antes de Jorge Jesus ter tempo para lançar Miguel Vítor em campo. Artur, sempre impecável nas saídas, ia adiando o que começava a parecer inevitável. Já com onze encarnados em campos, surgiu o segundo golpe no moral do Benfica, com Fletcher a aproveitar um cruzamento de Evra para bater Artur, à segunda tentativa.



Temia-se o pior, mas o Benfica teve a sorte do seu lado: dois minutos após o golo, De Gea ofereceu uma bola a Bruno César, que procurou servir Rodrigo. Aimar estava no sítio certo para aproveitar o corte de Ferdinand e fazer um 2-2 que, pelos critérios no confronto directo, já deixavam o Benfica na segunda fase. Faltava gerir a meia hora final, algo que os encarnados fizeram de forma competente.

Aimar, lúcido a alimentar os contra-ataques, e Witsel, incansável e extremamente dinâmico na recuperação, foram os símbolos de uma equipa que, em equilibrada, suportou o assalto final do Man. United. As entradas de Matic e Rúben Amorim ajudaram a estabilizar, e a equipa pôde festejar, de forma merecida, uma qualificação que, por ser obtida num palco até aqui maldito, vale como um atestado de maioridade para esta equipa.



Segue assim o Benfica para os oitavos da Champions League, aguardando-se pelo último jogo desta fase, para se saber qual destas equipas consegue obter o primeiro lugar do grupo.


Fonte;
http://www.maisfutebol.iol.pt/

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