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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Fábrica de milhões; Um sucesso de gestão desportiva e empresarial.

Os números falam por si, desde 2004 o F.C.Porto vendeu 406 milhões de euros de passes de jogadores, depois de ter gasto 239 nas suas aquisições. Cerca de 170 milhões de lucro, mantendo em termos desportivos as equipas num patamar muito competitivo. O F.C.Porto apesar de vender os seus melhores jogadores, tem continuado a ganhar títulos e mais títulos quer em Portugal quer na Europa. Se isto não é um excelente exemplo de gestão quer desportiva quer financeira, então já não sabemos o que será!

Campeão Europeu, após ter vencido o Mónaco em 2004, o FC Porto vendeu Paulo Ferreira, Carvalho e Deco. Os dois primeiros ao Chelsea e o terceiro ao Barcelnoa. A venda destes três jogadores representaram para o clube 71 milhões de euros, ( Carvalho a valer 30, Deco 21 e Paulo Ferreira 20 ).

Estas três vendas foram o inicio de uma grande inundação de negócios para o clube Português. No verão seguinte Luis Fabiano, foi comprado por 3,5 milhões ao São Paulo e vendido por 10 ao Sevilla. Recordamos que nesse ano, L.Fabiano não conseguio afirmar-se efectivamente com as suas credenciais de goleador na equipa de fuetbol do FCPorto.
Seitaridis que foi adquirido ao Panathinaikos por 3, foi vendido ao Dinamo de Moscovo por 10. Maniche seguio o mesmo destino mas por 16 milhões.

Contudo o ano mais produtivo viria a ser o de 2007, quando o F.C.Porto arrecadou 60 milhões de euros pela venda de 2 jogadores, com Pepe a valer 30 para o Real. e Andersson por 31,5 para o Manchester United. O benefício do Porto nestas duas vendas, rondaram os 55 milhões de euros, já que Pepe tinha custado 2 milhões ao Marítimo e Anderson 5 milhões.
Estas duas últimas vendas estavam referenciadas no quadro do FC Porto como os record´s de vendas, até terem sido pulverizadas pelo valor da venda do goleador Falcao.

Na transferência de Falcao, a caixa do clube Português regista 40 milhões de euros pela venda deste jogador que há 2 temporadas atrás tinha custado 5,5 milhões.

A venda de Falcao é o exemplo da agressividade de valores que estão em causa, quando se trata da compra e venda de excelentes jogadores da equipa, que é uma imagem de marca do FC Porto após a vitória da sua segunda Liga dos Campeões.
No FC Porto não existe descriminarão de preços entre as posições que os jogadores ocupam no campo, pois um ponta de lança pode ser tão caro, como um defesa central, ou médio.
Durante estes anos passados ainda vimos as transferências de Bosingwa por 20,5 milhões, Cissokho por 15 depois de ter custado 300 mil ao Vitória de Setúbal, e 22 milhões por Bruno Alves que era dos quadros do clube. Como médios as vendas de Lucho Gonzalez comprado por 10 milhões ao River Plate, vendido ao Marselha por 19 milhões e Raul Meireles que chegara a custo zero vindo do Boavista, em direcção ao Liverpool por 13. Como extremos temos a venda de Quaresma que tinha chegado de Barcelona a troco de  6 milhões, por 24 milhões ao Inter. Como ponta de lança a venda de Lisandro ao Lyon por 24 milhões quando tinha custado 6,7 vindo do Racing Club.

Nesta catadupa de aquisições e transferências, também existem algumas que se podem considerar como "maus negócios" financeiros. Contudo são tão poucos que se consideram colaterais de outros negócios estrondosos. Temos o exemplo de Rubem Micael, que apesar de ter deixado lucro de 2 milhões teve que ser incluído noutra venda para que a mesma fosse minimamente proveitosa.

Nos últimos anos, o FCP  só tinha efectuado uma compra extraordinária, que foi a aquisição de Hulk por 19 milhões ao Tokyo Verdy do Japão. Foi mesmo um número pouco habitual na aquisisção de jogadores, mas não temos dúvidas que quando o mesmo for transferido se é que o vai ser, a quantia de venda será consideravelmente muito maior. O negócio seguinte poderá ser a venda de Freddy Guarin que custou 1 milhão vindo do Saint-Ettienne, na troca com Paulo Machado. O clube que o pretender terá que arranhar e muito os fundos dos seus bolsos, para convencer Pinto da Costa a vender.

Estas constantes entradas e saídas, não tem beliscado minimamente a competitividade desportiva da equipa desde 2004-2005, com a perda do título nacional para o Benfica, pois a lição foi rapidamente aprendida pela equipa de gestão do FC Porto quando vendeu as jóias nesse ano, sem se precaver antecipadamente no mercado para as saídas de alguns jogadores.

Como exemplo este ano de 2011, o clube já se precaveu antecipadamente contratando outros com a mesma valia técnica mas sem títulos desportivos para substituir os jogadores da equipa principal de futebol que possivelmente poderão ser adquiridos pelos grandes clubes da Europa.

Muito mais haveria a dizer nesta constante dança do compra e venda quer de jogadores quer dos técnicos principais, já que neste exemplo não consideramos a venda de J.Mourinho nem a de Vilas Boas, com este último a deixar nos cofres 15 milhões. Pretendemos simplesmente deixar aqui um pequeno quadro exemplificativo de como se faz a gestão de campeões e para campeões no F.C.Porto.

Para que tenham uma imagem mais completa do que acima mencionamos, devem juntar a todas estas transferências, os troféus desportivos que o Clube conquistou após 2000, para que realmente tenham a noção da enorme grandeza destes números. 

Fica a questão; Até quando poderá o FCPorto continuar nesta senda de transferências milionárias?



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