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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pepe Guardiola; World Manager of the Year


Na última temporada em que Frank Rijkaard estava no comando do Barcelona, o mesmo acabou em 3º na La Liga, a 18 pontos atrás do Real Madrid. Neste campeonato, que o Barça perdeu drasticamente para o seu rival histórico, ainda lhes aconteceu terem que sofrer a humilhação pública de serem a guarda de honra do título do Real Madrid, porque o clássico com os blancos, aconteceu na semana seguinte à conquista do título de campeões da Liga Espanhola, pelo Real Madrid.

Perante esta humilhação, o sino tocou a rebate para os blaugrana. Tinha chegado “a hora da mudança”, conforme afirmou o antigo jogador do Barcelona Rafa Marquez.

Quando o ex jogador do meio campo do Barcelona, Guardiola foi escolhido como sucessor de Rijkaard, muitos demonstraram o seu medo e desagrado, pela nomeação.
Claro que Guardiola tinha sido muito bem-sucedido com a equipa B, mas ele não tinha experiência nenhuma na 1º liga, nem a nível Europeu. A imprensa catalã, foi suspirando e clamando por um treinador de renome mundial, mais precisamente por José Mourinho. 

Ainda mais aflitos ficaram, quando Guardiola perdeu e empatou os seus dois primeiros jogos do campeonato, fazendo a pressão sobre a sua valia técnica, subir a níveis complicados.
Contudo, no meio do desnorte e falta de crença nas capacidades de Guardiola, outros havia que acreditavam cegamente no novo treinador, como Xavi que afirmou ao World Soccer; “ Pep é incrível. Quando o contrataram eu disse; Madre mia, vamos voar. Ele é viciado no trabalho. Ele é um perfeccionista. Ele exige muito de si mesmo. A pressão que ele coloca sobre si mesmo, é contagiante ao grupo de trabalho”.

A tudo isto, Guardiola mostrou uma resistência superior, ao obrigar Deco, Ronaldinho e Samuel Eto´o, a serem possivelmente excluídos do grupo de trabalho.
Ele mudou a abordagem que os jogadores faziam aos treinos diários, levando Iniesta e Xavi a afirmar, que nunca tinham visto sessões de trabalho tão intensas e exigentes.

Para além do intenso trabalho, Guardiola, exige uma disciplina cerrada. Na recente biografia de Zlatan Ibrahimovic, este toca neste ponto, com a seguinte afirmação; “ Os jogadores do Barça formam uma seita, com uma fé cega e sem limites no seu treinador, tipo meninos do colégio, que executam plenamente o que o professor lhes pede”.
A esta afirmação, Guardiola respondeu com um lacónico; “Tomo isso como um elogio”.

Como treinador, Guardiola aplicou no Barcelona, novos conceitos no posicionamento, na inteligência e no movimento dos seus jogadores. Taticamente a sua análise é contundente e precisa. Antes de cada jogo, Guardiola tranca-se num pequeno escritório meio escuro, devorando todos os vídeos dos seus adversários, e rivais. Durante esse estudo, há um momento, em que ele afirma “quando eu só sei.”
A evidência sugere em grande parte, que Guardiola realmente o sabe.

Pepe Guardiola sempre reconheceu, que para além do estilo, da identidade e dos aplausos, pela maneira de jogar deste Barcelona, a mesma também tem que vencer. Pois conforme Guardiola não se cansa de o afirmar, caso a equipa não vença, os elogios à beleza sobre o futebol praticado rapidamente terminariam, e a guerra e a confusão no clube, rapidamente começariam.
Contudo e até agora, e em comparação com as outras equipas rivais, eles têm sido ridiculamente bem-sucedidos.

Na primeira temporada de Guardiola à frente do comando técnico do Barcelona FC, este fez o pleno ao ter vencido o campeonato de La Liga, a Liga dos Campeões, e a Taça do Rei.
Nos 3 anos seguintes, venceu sempre o campeonato de La Liga, bem como nas 3 edições da Liga dos Campeões, venceu 2.
Num total de 16 troféus possíveis, venceu 13, traduzindo-se esses títulos, nos anos de maior sucesso da história do Barcelona.
Tudo isso se deve e muito, a Pepe Guardiola.

Não é de estranhar por isso, que Pepe Guardiola esteja indicado mais uma vez, para o prémio; “World Manager of the Year”.

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