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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Barcelona não ganhou para o susto.


Mourinho quase conseguiu o impossível, recuperou dois golos de desvantagem e colocou o apuramento à distância só de um golo, mas foi o Barcelona a passar às meias-finais com um empate (2-2).

O Real Madrid apresentou-se diferente, de peito aberto, na missão mais difícil que tinha esta época: entrar Camp Nou e sair de lá, do palco de todos os pesadelos de Mourinho (é o estádio do mundo onde jogou mais vezes fora e nessas nove vezes nunca ganhou), com a reviravolta na eliminatória depois da derrota no Bernabéu na primeira mão (1-2) dos quartos-de-final da Taça. E esteve perto de o conseguir. Recuperou dois golos de desvantagem, mas não foi suficiente e o empate (2-2) qualificou o Barcelona e eliminou os blancos.

Desta vez, Mourinho não fez invenções. Sem adaptações, vestiu um figurino que não envergonhou o Real, ao contrário do que aconteceu no primeiro jogo, quando colocou Altintop na defesa e Pepe no meio-campo, andando atrás da bola que o adversário roubou. Ontem, voltaram todos às suas posições de origem. Com isso a equipa soltou-se perante o seu maior inimigo — em dez jogos, com o de ontem, venceram apenas um. O Barcelona, esse, jogou como sempre, desde que Guardiola chegou ao banco em 2008.

Higuaín podia ter marcado aos 10 segundos de jogo — e depois Cristiano Ronaldo ou Ozil, este último atirou à barra.
Pepe jogou mesmo, depois das dúvidas que caíram sobre a sua utilização devido ao pisão sobre Messi, e foi um dos melhores em campo. Ronaldo até marcou um golo e Messi ficou em branco. Mas isto tudo… não chegou.

Golo de Ronaldo

À falta de eficácia de um melhor Real no primeiro tempo, respondeu o Barça. Com dois golos. Primeiro, uma jogada monumental de Messi a isolar Pedro (que entrara a substituir o lesionado Iniesta) e este bateu Casillas (43’); dois minutos depois Alves, com um remate de longe, fez o 2-0. O jogo e a eliminatória pareciam estar entregues.

Mas o Real não desistiu e calou o Camp Nou. O golo de Ronaldo (68’), após assistência de Ozil (fintou Pinto e atirou para a baliza deserta), abriu o coração dos merengues. Quatro minutos depois, Benzema empatou e o sonho do Real ficava apenas a um golo de distância.

Não chegou. Esse golo nunca apareceu, ao contrário dos cartões e das expulsões. Desta vez, foi Sergio Ramos — oito das últimas 9 expulsões nos clássicos foram de jogadores do Real. Mourinho e Pepe, os mais odiados, fazendo lembrar aquele 23 de Novembro de 2002 quando Figo regressou a Camp Nou com a camisola blanca, saíram derrotados mas sem vergonha do que fizeram, ao contrário de há uma semana na sua própria casa, em que se “sujaram para nada”.

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