Sarah Burke, 29 anos, era tetracampeã
de Ski Freestyle dos X Games, considerada pela imprensa especializada como a
grande favorita a uma vitória nos próximos Jogos Olímpicos de Inverno, Sochi
2014, na Rússia.
O acidente fatal aconteceu no passado
dia 10 de Janeiro, na estância de Park City Mountain Resort, no estado americano
de Utah, durante uma ação promocional para a bebida Monster Energy.
Sarah era considerada a principal
referência do Ski Freestyle. A atleta caiu no interior do half pipe após
uma manobra espetacular. Os voos a alta velocidade e os mortais invertidos são
manobras habituais desta modalidade.
A esquiadora do Canadá foi projetada
contra a parede da enorme rampa de neve e caiu desamparada batendo com a cabeça.
No impacto rompeu uma artéria do cérebro causando-lhe hemorragias internas no
crânio. A atleta sofreu de seguida uma paragem cardíaca e foi transportada de
helicóptero para o hospital da universidade de Utah. Após diversas intervenções
cirúrgicas, e, nove dias em coma, a morte de Sarah foi confirmada na passada
quinta-feira.
A luta com o Comité Olímpico
Internacional;
Ao longo dos últimos anos, Sarah Burke
foi uma das principais impulsionadoras do movimento para convencer o Comité
Olímpico Internacional a incluir o Ski Freestyle no programa olímpico. Nos jogos
olímpicos de Vancouver, no Canadá, o Snowboard half pipe integrou o calendário
da competição e o ski ficou de fora. Sarah não desistiu e o comité olímpico
acabou por aceitar que o desporto fizesse parte do calendário dos olímpicos para
Sochi 2014.
Capa da FHM
Sarah participou em diferentes filmes e
vídeos de promoção ao Freestyle. Chegou a ser capa da revista masculina FHM e
foi eleita diversas vezes como uma das atletas mais sensuais do mundo. No final
de 2010 casou-se com Rory Bushfield. Ao longo dos últimos dias realizaram-se
diversas competições de Ski e Snowboard, tanto na Europa como nos Estados
Unidos, que incluíram cerimónias e minutos de silêncio onde o nome de Sarah
Burke foi recordado.
550 Mil dólares para pagar no
hospital.
As cerimónias fúnebres estavam a
decorrer quando surgiram na imprensa as primeiras notícias sobre a conta a pagar
no hospital universitário de Utah. O valor ascendia a 550 mil dólares. As
despesas médicas das várias operações para tentar salvar esquiadora tinha um
preço e a Federação de Ski do Canadá confirmou que o seguro desportivo não
incluía uma cláusula para o pagamento do prémio em caso de acidente durante a
gravação de anúncios comerciais. A marca de bebidas energética Monster Energy
descartou igualmente qualquer responsabilidade no acidente. A família de Sarah
não tinha recursos para pagar as despesas. Entretanto, um grupo de fás, criou um
movimento de angariação de fundos na Internet para ajudar a família e conseguiu
reunir 246 mil dólares. A direção do hospital decidiu reduzir a conta para 200
mil dólares e a situação ficou resolvida.
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