Há poucas semanas, quando perguntaram a Ricky
Wolfswinkel qual o jogador que mais o impressionava no Sporting, o holandês nem
hesitou e disse o nome de Izmailov. “Faz coisas incríveis com a bola”, contou o
avançado.
O camisola 9 referia-se às habilidades do russo nos treinos, já que o
médio tem poucos jogos esta época devido às lesões, uma constante na sua
carreira. Neste domingo, o Rio Ave e Alvalade viram quão precisas foram as
palavras de Wolfswinkel.
Ao quarto jogo em 11 dias sob o comando de Sá
Pinto, o Sporting voltou a mostrar um futebol aos repelões, com mais ânimo do
que arte, fruto da cisão recente com Domingos e uma época que no campeonato já
entrou no seu estado moribundo. Foi aqui que entrou Izmailov, a salvar a equipa
de nova depressão a que as vitórias recentes sem brilho — sobre o Paços de
Ferreira (1-0) e o Legia Varsóvia (1-0) — trouxeram. Marcou o único golo, com um
remate forte após um trabalho notável.
O russo tem o à-vontade dos grandes executantes, não se deixa abater pela pressão. Logo no primeiro minuto, chocou com o joelho contra um adversário e os adeptos pensaram o pior: com ele tem sido assim, mais lesões do que jogos. Por isso, é tão raro vê-lo jogar. E quando conseguem vê-lo esperam coisas raras também — foi assim na sua estreia, em Julho de 2007, quando marcou o único golo da Supertaça e derrotou o FC Porto.
O
último golo do russo esta época tinha sido a 10 de Setembro de 2011 frente ao
Paços, na quarta jornada. Mesmo assim, nos 14 jogos no total, cinco a titular,
soma quatro golos, é o segundo melhor marcador da equipa, a 3 dos 7 de
Wolfswinkel.
Apesar deste amor desconfiado dos adeptos para com Izmailov, a
relação com a equipa é ainda mais complicada. A identidade vai-se perdendo com
as lesões de Rinaudo, Onyewu ou Rodríguez, as referências que Domingos construiu
e Sá Pinto também tenta segurar. E isto pode gerar confusões, como o marcador de
livres da equipa ser Polga…
Pela frente, o Rio Ave de Carlos Brito, a equipa que tem o pior registo nos jogos fora — conseguiu apenas uma vitória em Olhão e um empate em Aveiro, ontem somou a nona derrota longe de Vila do Conde — nunca fez o “leão” descansar. Nem quando este ficou em vantagem desde os 35 minutos.
Pela frente, o Rio Ave de Carlos Brito, a equipa que tem o pior registo nos jogos fora — conseguiu apenas uma vitória em Olhão e um empate em Aveiro, ontem somou a nona derrota longe de Vila do Conde — nunca fez o “leão” descansar. Nem quando este ficou em vantagem desde os 35 minutos.
Os alas funcionavam, mas aqui é que se vê a solidão de Wolfswinkel.
É um avançado abandonado, mal servido e cada vez com menos golos na sua conta. E
com isso desmoraliza. Foi ele que perdeu a bola no meio-campo e Atsu quase
aproveitava para empatar — a bola passou a rasar o poste. Logo a seguir, num
livre, Braga quase marcava. Pólvora seca frente a um Sporting em maré
vitoriosa.
O jogo terminou com nova vitória do Sporting e de Sá Pinto, a
terceira do novo técnico em quatro jogos (tem ainda um empate em Varsóvia 2-2).
E assim, os “leões” juntam-se ao Marítimo no quarto lugar e ficam à espera de
tirar dividendos do jogo de segunda-feira entre o Sporting de Braga e o Vitória
de Guimarães.
POSITIVO
Izmailov
O seu golo foi fundamental, como têm sido muitos na sua carreira (há sempre o da sua estreia contra o FC Porto, na Supertaça). Cada vez que joga os adeptos esperam coisas raras, como as suas aparições, salvo das lesões. Mesmo assim é o segundo melhor marcador da equipa, com quatro golos.
Ataque do Rio Ave
Saíram a zero de Alvalade, mas estiveram muito perto do golo. João Tomás e companhia tiveram oportunidades para festejarem, valeu Marcelo e algum azar.
NEGATIVO
Wolfswinkel
O sistema táctico não o favorece, joga sozinho, sem companhia na frente. Os extremos não o sabem servir e ele vai desmoralizando. Sem golos, soma apenas sete, o holandês anda cada vez mais infeliz.
Izmailov
O seu golo foi fundamental, como têm sido muitos na sua carreira (há sempre o da sua estreia contra o FC Porto, na Supertaça). Cada vez que joga os adeptos esperam coisas raras, como as suas aparições, salvo das lesões. Mesmo assim é o segundo melhor marcador da equipa, com quatro golos.
Ataque do Rio Ave
Saíram a zero de Alvalade, mas estiveram muito perto do golo. João Tomás e companhia tiveram oportunidades para festejarem, valeu Marcelo e algum azar.
NEGATIVO
Wolfswinkel
O sistema táctico não o favorece, joga sozinho, sem companhia na frente. Os extremos não o sabem servir e ele vai desmoralizando. Sem golos, soma apenas sete, o holandês anda cada vez mais infeliz.
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