Bem, depois de ler alguns
comentários por essa blogosfera, fico espantando com o medo instalado em
algumas das mentes ditas “Portistas”, e na festa algo exagerada dos Benfiquistas.
Das duas, uma.
Ou eu vi um jogo diferente do que muitos viram, ou então não percebo nada disto.
Ou eu vi um jogo diferente do que muitos viram, ou então não percebo nada disto.
Vamos por partes;
No primeiro período o
Benfica foi completamente esmagado pelo futebol do FCP, e se os azuis e brancos
tivessem um ponto de lança “normal”, o resultado seria sem exagero de 3 a 0.
Estatisticamente os do
Dragão fizeram 12 remates em 24 ataques, enquanto o Benfica fez 1.
Nesse período e para parar o
jogo do ataque do FCP, o Benfica fez o dobro das faltas que os Azuis e Brancos,
sem a consequente amostragem dos amarelos respectivos, onde a questão sorte imperou. Ouve uma pisadela por
trás de Xavi ao Hulk, que nem sequer foi sancionada pelo apito de Paredes, e
que prejudicou a partir desse momento o rendimento físico do HULK, que passou a
coxear levemente.
No segundo período e fruto
do beneplácito do árbitro, o Benfica entrou mais vitaminado e musculado, e com
a sorte de no primeiro remate, ou jogada à baliza do FCP, ter conseguido
empatar o desafio, por um jogador que deveria ter visto o vermelho directo,
primeiro pela entrada ao colega contrário, como pela consequente joelhada e
pontapé, já no chão, às pernas do Fucille.
Chegados a este ponto e numa
demonstração de verdadeiros campeões, o FCP mesmo a acusar um desgaste físico exagerado, partiu para cima do adversário que
diga-se nunca abdicou dos seus 2 trincos, encostou o Benfica novamente às
cordas, marcando o segundo golo passando o resultado do desafio para 2 a 1, num lance de verdadeiras trocas de bola, com
classe e mestria e sem correrias loucas.
Após este golo, todos
pensamos que a o jogo estaria inclinado para o lado azul e branco, só que é uma das novas
características das equipas em Portugal, aos 75 minutos correm mais umas do que
outras, e sem levantarem suspeitas e numa perca de bola de um jogador do Porto,
após a entrada de mais 2 corredores, Saviola e Bruno César, este último
protagonista de uma correria de 60 metros no campo do Nacional, num tempo que
faria inveja a um velocista do atletismo, os encarnados numa cavalgada
infernal, conseguem colocar 4 jogadores na entrada da área do Porto contra 3
dos azuis, sem que nenhum dos jogadores azuis pudesse fazer uma obstrução mais
vistosa, pois estavam todos amarelados com excepção de Rolando, e numa troca
rápida da bola e sem olhar, Saviola, passa a mesma da direita para a esquerda, onde
aparece que nem um foguete, o Gaitan a bater o cansado Fucille, para
concretizar o 2-2 final.
O que mais me espanta, é que
o FCPorto fisicamente arrebenta ao 6o minutos, enquanto os seus adversários
continuam a demonstrar uma frescura física de fazer inveja a qualquer equipa de
ciclismo ou de atletismo. Facto disso, é ver o ultimo lance do desafio, em que
Maxi, junto à linha lateral consegue passar por 3 jogadores do FCPorto,
ganhando a bola sempre em progressão e execução rápida.
Em resumo, um grande desafio, visionado ao vivo por 50 mil espectadores, em que na primeira parte o Benfica teve muita sorte em não terminar a mesma vergado por uma copiosa derrota, já que a jogou todo encolhido e mentalmente com medo do resultado do ano passado, e onde manifestamente o Porto foi perdulário e azarado. Na segunda parte o Benfica apareceu, mais interessado em discutir o jogo, optando pela sua toada normal com os nervos e repentismos sempre à flor da pele, e com a sorte a acompanhar, pois logo nos primeiros minutos de jogo, conseguiu empatar o desafio e continuar a poder responder ao poderio atacante do FCPOrto que era realizado com mais tricot e com menos objectividade, enquanto que o Benfica só tem olhos para a baliza adversária e é mais simples a ganhar metros do terreno do jogo.
Assim, vamos continua a ter um enorme interesse na discussão desta liga, em que neste fim-de-semana, Marítimo e Braga podem também aspirar ascender aos primeiros lugares desta liga, tornando a mesma, pelo menos no seu inicio, mais competitiva e mais discutida.
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