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sábado, 24 de setembro de 2011

Musculo, contra a razão dos números do jogo.


Bem, depois de ler alguns comentários por essa blogosfera, fico espantando com o medo instalado em algumas das mentes ditas “Portistas”, e na festa algo exagerada dos Benfiquistas.
Das duas, uma.
Ou eu vi um jogo diferente do que muitos viram, ou então não percebo nada disto.

Vamos por partes;
No primeiro período o Benfica foi completamente esmagado pelo futebol do FCP, e se os azuis e brancos tivessem um ponto de lança “normal”, o resultado seria sem exagero de 3 a 0.
Estatisticamente os do Dragão fizeram 12 remates em 24 ataques, enquanto o Benfica fez 1.
Nesse período e para parar o jogo do ataque do FCP, o Benfica fez o dobro das faltas que os Azuis e Brancos, sem a consequente amostragem dos amarelos respectivos, onde a questão sorte imperou. Ouve uma pisadela por trás de Xavi ao Hulk, que nem sequer foi sancionada pelo apito de Paredes, e que prejudicou a partir desse momento o rendimento físico do HULK, que passou a coxear levemente.
No segundo período e fruto do beneplácito do árbitro, o Benfica entrou mais vitaminado e musculado, e com a sorte de no primeiro remate, ou jogada à baliza do FCP, ter conseguido empatar o desafio, por um jogador que deveria ter visto o vermelho directo, primeiro pela entrada ao colega contrário, como pela consequente joelhada e pontapé, já no chão, às pernas do Fucille.
Chegados a este ponto e numa demonstração de verdadeiros campeões, o FCP mesmo a acusar um desgaste físico exagerado, partiu para cima do adversário que diga-se nunca abdicou dos seus 2 trincos, encostou o Benfica novamente às cordas, marcando o segundo golo passando o resultado do desafio para 2 a 1, num lance de verdadeiras trocas de bola, com classe e mestria e sem correrias loucas.
Após este golo, todos pensamos que a o jogo estaria inclinado para o lado azul e branco, só que é uma das novas características das equipas em Portugal, aos 75 minutos correm mais umas do que outras, e sem levantarem suspeitas e numa perca de bola de um jogador do Porto, após a entrada de mais 2 corredores, Saviola e Bruno César, este último protagonista de uma correria de 60 metros no campo do Nacional, num tempo que faria inveja a um velocista do atletismo, os encarnados numa cavalgada infernal, conseguem colocar 4 jogadores na entrada da área do Porto contra 3 dos azuis, sem que nenhum dos jogadores azuis pudesse fazer uma obstrução mais vistosa, pois estavam todos amarelados com excepção de Rolando, e numa troca rápida da bola e sem olhar, Saviola, passa a mesma da direita para a esquerda, onde aparece que nem um foguete, o Gaitan a bater o cansado Fucille, para concretizar o 2-2 final.

O que mais me espanta, é que o FCPorto fisicamente arrebenta ao 6o minutos, enquanto os seus adversários continuam a demonstrar uma frescura física de fazer inveja a qualquer equipa de ciclismo ou de atletismo. Facto disso, é ver o ultimo lance do desafio, em que Maxi, junto à linha lateral consegue passar por 3 jogadores do FCPorto, ganhando a bola sempre em progressão e execução rápida.
Em resumo, um grande desafio, visionado ao vivo por 50 mil espectadores, em que na primeira parte o Benfica teve muita sorte em não terminar a mesma vergado por uma copiosa derrota, já que a jogou todo encolhido e mentalmente com medo do resultado do ano passado, e onde manifestamente o Porto foi perdulário e azarado. Na segunda parte o Benfica apareceu, mais interessado em discutir o jogo, optando pela sua toada normal com os nervos e repentismos sempre à flor da pele, e com a sorte a acompanhar, pois logo nos primeiros minutos de jogo, conseguiu empatar o desafio e continuar a poder responder ao poderio atacante do FCPOrto que era realizado com mais tricot e com menos objectividade, enquanto que o Benfica só tem olhos para a baliza adversária e é mais simples a ganhar metros do terreno do jogo.
Assim, vamos continua a ter um enorme interesse na discussão desta liga, em que neste fim-de-semana, Marítimo e Braga podem também aspirar ascender aos primeiros lugares desta liga, tornando a mesma, pelo menos no seu inicio, mais competitiva e mais discutida.
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